quarta-feira, 11 de novembro de 2009

TRABALHO DE HISTÓRIA (8ªsérie nº _ _)

Acesse o site http://nossasaulasdehistoria.blogspot.com/ seja um seguidor e responda as questões da sua série
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Responda as questões a seguir com base no texto - ”Beatles: o poder permanente de encanto” do livro didático páginas 184 a 189 e pesquisas na net.

1 - Faça uma ficha sobre os Beatles com as seguintes informações:

a) Ano de formação

b) Local de origem

c) Integrantes

d) Inovações Musicais

e) Primeiro disco e ano da gravação

2 - O que foi o movimento Flower Power?

3 - como eram as manifestações do movimento Flower Power e contra oque eles lutavam?

4 -Que evento consagrou o movimento Flower Power?


5 - Quais as criticas que o texto faz as bandas atuais?


6 - O disco Sgt Pepper’s é o símbolo das inovações da musica pop.

7 - A Revolução que a juventude buscava ao final dos anos de 1960 pode ser considerada bem sucedida? Justifique sua resposta.

QUESTÕES PARA 2ªSÉRIE ENSINO MÈDIO

Trabalho de História (2ªsérie nº _ _)

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Responda as questões a seguir com base no livro didático páginas 252 a 275 e na apresentação dos blogs dos colegas

1. Explique a seguinte afirmação: embora os movimentos de emancipação da América Espanhola tivessem mobilizado os mais diversos setores da sociedade, os benefícios da independência não foram distribuídos de forma eqüitativa entre eles.

2. Explique com estava organizada a sociedade hispano-americana.

3. Por o tornei de futebol que reúne todos os anos os melhores clubes de futebol do continente americano recebeu o nome de Libertadores da América?

4. Explique de que maneira a descoberta do ouro contribuiu para a colonização do interior do Brasil?

5. Explique quem foi Tupac Amaru.

6. Quem eram os Caudilhos?

7. Explique qual era a função do Conselho das Índias.

8. Explique o que foi a febre dos diamantes.

9. Comente sobre a vida e obra de Simón Bolivar

10. Quais as conseqüências da mineração para a região de Minas Gerais e o restante da colônia?
Trabalho de História (1ªsérie nº _ _)

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Responda as questões a seguir com base no livro didático páginas 98 a 127 e na apresentação dos blogs dos colegas

1. Explique como os dogmas da Igreja influenciaram a vida das pessoas na Europa medieval?

2. Explique que foi a Inquisição, e por que os inquisitores usavam a fogueira para os condenados a morte?

3. Uma das principais características da Idade Média foi o esvaziamento das cidades. Como e por que isso aconteceu?

4. A Igreja Católica tornou-se a instituição mais rica e poderosa do mundo medieval. Como e por que isso aconteceu?

5. Quais as principais características da sociedade feudal européia?

6. A Igreja Católica é organizada em províncias eclesiásticas, dioceses e paróquias. Com base nessa afirmação explique com funciona a hierarquia eclesiástica..


7. Cite as causas da crise moral da Igreja no século X e explique a importância da reforma promovida pelos monges de Cluny

8. Explique o que foram as Cruzadas e qual o seu principal objetivo.

9. De que forma as Cruzadas estimularam o desenvolvimento do comércio na Europa?

10. A Peste negra é a designação por que ficou conhecida, durante a
Idade Média, a peste bubónica, ,pandemia que assolou a Europa durante o século XIV e dizimou entre 25 e 75 milhões de pessoas, sendo que alguns pesquisadores acreditam que o número mais próximo da realidade é de 75 milhões, um terço da população da época.. Explique as causas e cite os sintomas da doença.

terça-feira, 27 de outubro de 2009

Castelo e Palacio

Palácio eram designações dadas aos edifícios mais ou menos sumptuosos destinados a habitação real. Também recebiam o nome de Palacio as habitações de alguns nobres, bispos e patriarcas.


Um castelo é um tipo de fortaleza medieval maciça, geralmente erguida próximo das vias de comunicação, o que facilitava o avistamento das tropas inimigas a grande distância.







quinta-feira, 15 de outubro de 2009

Santa Catarina

História de Santa Catarina
Primeiros tempos
Região costeira do território que constitui hoje o estado de Santa Catarina foi, desde a
época do descobrimento, visitada por navegantes de várias nacionalidades. Afora a discutida versão da presença do francês Binot Paulmier de Gonneville, que ali teria estado durante seis meses, em 1504, não existe dúvida quanto à viagem dos portugueses Nuno Manuel e Cristóvão de Haro, que por lá passaram, em 1514, e deram o nome de ilha dos Patos à atual ilha de Santa Catarina. No ano seguinte, Juan Díaz de Solís passou em direção ao Prata. Onze náufragos dessa expedição foram bem recebidos pelos índios carijós e iniciaram com eles intensa miscigenação. Esses aborígines viviam de caça, pesca e cultivavam variedades de milhos, batatas, mandiocas e amendoins, eram exímios tecelões de redes, esteiras e cestos, e trabalhavam objetos em pedra, tanto alguns de seus costumes permanacem até hoje. A extenção de suas terras era desde a Cananéia, no litoral de São Paulo a Lagoa dos Patos, no Rio Grande do Sul; ocupavam a região litorânea e tinham como limite pelo interior as matas habitadas por índios inimigos chamados botocudos ou guanana (guaianã), hoje conhecidos por kaingang e xokleng. Esses índios mantinham contato com os guaranis do interior do estado do Paraná e região do Paraguai, e por manterem intenso meio de comunicação através da rota do Peabiru, cujo destino era a região de Potosi, no império inca, despertaram interesse dos estrangeiros na procura da prata e do ouro.
Expedições espanholas
Várias expedições espanholas detiveram-se no litoral catarinense a caminho do
rio da Prata: Don Rodrigo de Acuña, em 1525, deixou dezessete tripulantes na ilha, onde se fixaram voluntariamente. Sebastião Caboto, em 1526-1527, ali se abasteceu, seguiu para o Prata e retornou. Após Caboto, nela aportaram Diego García e, em 1535, Gonzalo de Mendoza. Em 1541, Álvar Núñez Cabeza de Vaca partiu da ilha de Santa Catarina para transpor a serra do Mar e atingir por terra o Paraguai.
Mantendo sempre o propósito de tomar posse do
Brasil meridional, o governo espanhol nomeou Juan Sanabria governador do Paraguai, com a missão de colonizar o rio da Prata e povoar também o porto de São Francisco do Sul, em Santa Catarina. Com a morte de Juan Sanabria, tomou posse seu filho Diogo. Alguns navios da expedição lograram chegar à ilha de Santa Catarina, onde os espanhóis permaneceram dois anos. Dividiram-se em dois grupos: um deles rumou para Assunção; o outro, chefiado pelo piloto-mor Hernando Trejo de Sanabria, estabeleceu-se em São Francisco, de onde, após as maiores privações e sempre sob a ameaça de ataque pelos silvícolas, seguiu para Assunção.
Merecem destaque na passagem da expedição de Sanabria o fato de tê-la integrado Hans Staden, que legou interessante narrativa da viagem, e o nascimento, em
São Francisco, do filho de Hernando, Herdinando Trejo de Sanabria futuro bispo e fundador da Universidade de Córdoba, na Argentina. Ainda em 1572, Ortiz de Zarate, a caminho de Assunção, esteve sete meses em Santa Catarina, onde praticou incríveis e inúteis violências. Foi esta a última expedição espanhola à região.
Ocupação portuguesa
Os aborígines da região foram catequizados, a partir de
1549, por jesuítas que viajaram em companhia do governador-geral Tomé de Sousa, sob a chefia do padre Manuel da Nóbrega. Os jesuítas empenharam-se com ardor nessa missão, colocando-se como obstáculo às tentativas dos colonizadores portugueses de escravizarem os índios. Não conseguiram, contudo, levar a bom termo sua tarefa e, já em meados do século XVII, desistiram da catequese no sul. Com a divisão do Brasil em capitanias hereditárias, a costa catarinense até a altura de Laguna, e mais tarde dois terços da do Paraná, formaram a capitania de Santana, o último quinhão do sul, doado a Pero Lopes de Sousa. Nem o donatário nem seus herdeiros providenciaram a colonização. O território, após um litígio de dois séculos entre os herdeiros de Pero Lopes e os de seu irmão Martim Afonso de Sousa, foi, no começo do século XVIII, comprado pela coroa, juntamente com as terras do Paraná e grande parte de São Paulo. Ao mesmo tempo, a Espanha considerava indiscutível seu direito a esses territórios e recomendava aos adelantados a conquista e povoamento não só da ilha como do litoral.
Fundações litorâneas
Na
década de 1640, Manuel Lourenço de Andrade, um português que vivia em São Vicente, fundou uma povoação no rio de São Francisco, para onde se mudou com a família. Mais tarde foi designado capitão-mor dessa povoação, que em 1660 foi elevada a vila com o nome de Nossa Senhora da Graça do Rio de São Francisco, constituindo a primeira fundação estável da costa catarinense.
Por volta de
1675, estabeleceu-se na ilha de Santa Catarina o paulista Francisco Dias Velho, que ergueu uma igreja em louvor de Nossa Senhora do Desterro. A ele se atribui a mudança do nome da ilha dos Patos para ilha de Santa Catarina, de quem, ao que consta, uma filha dele tinha o nome. (Entretanto, outros atribuem a autoria do nome a Sebastião Caboto, que teria consagrado a ilha a Santa Catarina ou, antes, prestara homenagem a sua mulher, Catarina Medrano. Francisco Dias Velho dedicava-se à cultura da mandioca e da cana-de-açúcar, à pesca e à procura de ouro. Quinze anos mais tarde, Dias Velho e sua gente aprisionaram um navio pirata que arribara na ilha e mandaram homens e cargas para São Vicente. Passaram-se dois anos e os corsários voltaram; Dias Velho foi morto e sua família, maltratada e em desespero, retornou a São Vicente. A povoação ficou quase totalmente abandonada.
Laguna foi outro ponto do litoral povoado na mesma época. Domingos de Brito Peixoto, também paulista, organizou uma bandeira para tomar conta de terras desabitadas ao sul e, em 1676, fundou Santo Antônio dos Anjos de Laguna. A povoação teve vida incerta e o bandeirante despendeu nela toda sua fortuna, com o objetivo de dar-lhe estabilidade. Buscou recursos no aprisionamento do gado nativo e na caça ao gentio e, só em 1696, deu início à construção da matriz local. No início do século XVIII, Laguna, pequena e pouco habitada, vivendo de uma agricultura rudimentar e da exportação de peixe seco para Santos e o Rio de Janeiro, era o mais importante núcleo da costa catarinense.
Primeira metade do século XVIII
A abertura, em
1728, do caminho que ligaria as pastagens do Rio Grande do Sul ao planalto paulista representou sério abalo para Laguna, que perdeu progressivamente sua posição proeminente, e foi deixando de ser entreposto único de comércio e foco de expansão do Sul. A grande era da história catarinense ia começar com o governo do brigadeiro José da Silva Pais. Em 1726, o povoado de Nossa Senhora do Desterro, hoje Florianópolis, foi elevado a vila. A atenção dada à ilha aumentou e em 1737 chegaram as primeiras forças de linha. No ano seguinte foi nomeado governador Silva Pais, que chegou em 1739, diretamente subordinado ao Rio de Janeiro. As primeiras providências tiveram caráter militar. Do uniforme das milícias, e especialmente da cor do colete, deriva, para os habitantes da terra, o apelido de "barriga-verde", que nada tem de pejorativo.
Os interesses portugueses no
Sul aconselhavam a manutenção e o fortalecimento dos povoados litorâneos. Com tal objetivo, Laguna foi elevada em 1774 à categoria de vila, passando a exercer o papel de posto avançado para a conquista do Rio Grande do Sul. Dali partiram expedições que atingiram a colônia do Sacramento e Montevidéu e, de passagem, arrebanharam gado e aprisionaram indígenas. Enquanto isso, Desterro, onde se haviam instalado os povoadores, ia vivendo como "mera pescaria" -- lugar procurado para refresco de navios piratas, que eram recebidos sem nenhuma hostilidade.
Desde o começo do
século XVIII, Santa Catarina esteve sob a jurisdição da capitania de São Paulo. As lutas no Prata representaram pesado encargo para os catarinenses, que não só tiveram seus filhos convocados às armas, como foram obrigados a suprir tropas estacionadas ou de passagem, em troca de vales como pagamento. Nessa ocasião, toda a costa meridional brasileira, até a ilha, passou à jurisdição direta do Rio de Janeiro, por razões estratégicas que também aconselharam a ocupação eficaz do mesmo território.
Com esse objetivo, recorreu-se à imigração açoriana. De
1748 até 1756, em sucessivas levas, chegaram cerca de cinco mil açorianos, a maior parte dos quais fixou-se em Santa Catarina. Os novos colonos foram distribuídos pelos pontos já mencionados, recebendo doações de terras na ilha e no continente fronteiro. As dificuldades que tiveram de ser vencidas foram inúmeras, desde as péssimas condições da viagem até a inadaptação à terra onde deveriam fixar-se.
Segunda metade do século XVIII
O governo de Santa Catarina, na segunda metade do
século XVIII, abrangia as três fundações litorâneas. O sertão não era explorado nem povoado: essa seria mais tarde a missão de Don Luís António de Sousa Botelho Mourão, o Morgado de Mateus, governador da capitania de São Paulo, interessado em garantir o domínio português sobre a região e o escoamento do gado do Rio Grande do Sul para São Paulo. Com tal finalidade, encarregou um abastado paulista, Antônio Correia Pinto, de estabelecer povoação na paragem denominada Lages. Houve protestos contra a invasão de território fora de sua jurisdição, mas o morgado não lhes deu atenção. Guaratuba, no litoral, foi povoada também por ordem sua, e em 1775 fundou-se a Vila de Nossa Senhora dos Prazeres de Lages.
Esse foi o primeiro núcleo de povoação da serra. Perdida no interior, sem comunicação com o litoral, tendo precária ligação com
Curitiba e São Paulo, Lages vegetou durante todo o século. Em seus campos, ocupados por uma população escassa, estabeleceram-se fazendas de criação de gado. De Lages partiram mais tarde os povoadores de Campos Novos e Curitibanos, que estenderam a fronteira pastoril.
Quando irrompeu a guerra entre
Portugal e Espanha, a ilha de Santa Catarina, mal defendida apesar de sua importância estratégica e abandonada pela esquadra portuguesa, que não queria pôr em risco seus navios, foi tomada em 1777 por Pedro de Ceballos, sem que o invasor desse um só tiro ou perdesse um único homem. Dali estendeu-se a conquista de povoado em povoado, com exceção de Laguna, que ofereceu resistência. Um ano depois, a ilha voltou às mãos portuguesas.
Ao lado de uma agricultura de subsistência, da fabricação de farinha de mandioca e da salga de peixe, atividades todas de pouca importância, que não propiciavam oportunidade de enriquecimento, instalaram-se na ilha armações para pesca de baleia, monopólio da coroa concedido a comerciantes reinóis. A extinção do privilégio, no começo do
século XIX, desestimulou a atividade, que entrou em decadência.
Toda a capitania, de modo geral, enfrentou, na segunda metade do
século XVIII, um período de estagnação, com a agricultura em retrocesso e sua gente onerada com a requisição de produtos para as tropas. Nas primeiras décadas do século XIX, porém, a situação da capitania tinha melhorado um pouco. Pelo testemunho de viajantes, as vilas eram habitadas por pessoas de recursos medianos, não havendo nem grandes fortunas nem miséria gritante.
Independência e primeiro reinado
Em
1820, Lages passou à jurisdição do governo da ilha, dando a Santa Catarina uma configuração aproximada da atual e retirando da alçada de São Paulo toda a região chamada da serra, seja, o planalto. Devido à precariedade das comunicações, a notícia da independência do Brasil só chegou a Desterro nos primeiros dias de outubro de 1822. O juiz de fora e presidente da Câmara, Francisco José Nunes, no dia 11, fez a aclamação do imperador. Durante o império, a província sofreu, como outras, os prejuízos da descontinuidade administrativa. Teve no período mais de setenta presidentes, entre titulares e substitutos. Sob o governo do brigadeiro Francisco de Albuquerque Melo, em 1829, iniciou-se a colonização de Santa Catarina com imigrantes alemães.
Em
1831, após a abdicação de D. Pedro I, o presidente da província, Miguel de Sousa Melo e Alvim, português de nascimento, foi forçado a renunciar em conseqüência de um levante da tropa. Nesse mesmo ano, em 28 de julho, foi lançado o primeiro jornal publicado na província, com o título de O Catarinense, dirigido pelo capitão Jerônimo Francisco Coelho.
República Juliana
Ver artigo principal: República Juliana
O movimento farroupilha teve considerável repercussão em Santa Catarina, sobretudo na região mais próxima ao Rio Grande do Sul. De 24 de julho a 15 de novembro de 1839, Laguna foi ocupada pelos revolucionários, que ali proclamaram a República Juliana, aliada à de Piratini. Nessa ocasião, Ana de Jesus Ribeiro, mais conhecida como Anita Garibaldi, uniu sua vida à de Giuseppe Garibaldi. No planalto, Lages aderiu à revolução, mas submeteu-se no começo de 1840. Em 1845, a província, já inteiramente pacificada, recebeu a visita de D. Pedro II e da imperatriz Teresa Cristina.
De
1850 a 1859, Santa Catarina foi governada por João José Coutinho, que demonstrou grande zelo administrativo e particular interesse pela instrução e a cultura, esforçando-se também no incentivo à atividade das colônias de imigrantes. Em 1849 foi fundada Joinville; no ano seguinte, Blumenau; e, em 1860, Brusque.
Período final do Império
Na
década de 1870, a província de Santa Catarina contava cerca de 160 mil habitantes, distribuídos por vinte municípios. Ao ser proclamada a república, a população era de 200 mil habitantes aproximadamente. As numerosas vilas e cidades litorâneas estagnavam, dedicadas à pesca de subsistência, pequena lavoura e comércio sem grande expressão. As freqüentes mudanças de administração, em benefício de protegidos do poder central, prejudicaram o progresso catarinense.
Santa Catarina sempre teve número relativamente reduzido de escravos. Atingiu o máximo em
1857, com cerca de 18 mil. Daí em diante o número diminuiu, não só pelas alforrias e pela Lei do Ventre Livre, como pela venda de escravos a outras províncias. O elemento negro jamais chegou a constituir vinte por cento da população total.
A partir de
1870, processou-se com intensidade a campanha abolicionista. Diversos clubes e associações empenharam-se na luta, que ganhou maior amplitude com a fundação de um jornal, O Abolicionista. O movimento levou numerosos senhores a libertarem seus escravos. Em 24 de março de 1888, o presidente da Câmara de Desterro anunciou que já não havia, na capital da província, um só escravo.
Colonização estrangeira
Em Santa Catarina, a posse da terra não era base para grandes fortunas e obtenção de títulos de nobreza. Observava-se uma preferência pelo enriquecimento nas atividades urbanas. Em pleno
século XX, grandes extensões de terras, no oeste, estavam por desbravar. A sociedade e as lides campeiras do planalto constituíam um tipo de vida quase sem contato com o litoral.
Desde o começo do
século XIX, havia planos para a ocupação dos espaços vazios com a vinda de colonos estrangeiros. A primeira tentativa data de 1829, com a instalação de 166 famílias alemãs, oriundas de Bremen, no lugar depois chamado São Pedro de Alcântara.
Quer por iniciativa oficial, quer aliciados por companhias particulares que acenavam com uma nova
Canaã, acorreram imigrantes para a província, principalmente alemães e italianos, durante todo o século XIX. Embora muitos tenham sido absorvidos pelas comunidades tradicionais, e em várias colônias situadas nas matas tenha ocorrido o fenômeno da "caboclização" do imigrante, na maioria da colônias criaram-se ambientes próprios, com características marcadas. Desde o início, mantinham uma lavoura de policultura e dedicavam-se a atividades de transformação artesanal-familiar que seriam a origem de futuras fábricas.
Em
1850, os primeiros colonos, reunidos pelo doutor Hermann Blumenau, ocuparam seus lotes à margem do rio Itajaí-Açu. Era o começo da colônia, que o farmacêutico e doutor em filosofia pela universidade alemã de Erlangen decidira levar avante, encarando toda sorte de dificuldades e contratempos. Anos mais tarde, o governo comprou a colônia e manteve o doutor Blumenau à frente dela. Vinte anos após sua criação, contava com seis mil habitantes e 92 núcleos fabris, espraiando-se pela zona do Itajaí-Açu e seus tributários.
Ao norte, nas terras que a princesa D. Francisca recebera como dote de casamento, foi organizado um núcleo pela "Sociedade Hamburguesa de Colonização", com o nome da princesa. Os imigrantes ali chegados a partir de
1851 eram alemães, suíços e noruegueses. A colônia Dona Francisca possuía regulamento próprio, o qual, entre outras cláusulas, garantia aos colonos o direito de se constituírem em comunas livres e autônomas. Com dez anos de vida contava com três mil habitantes, setenta engenhos de mandioca, trinta de açúcar e mais de trinta fábricas.
Joinville também prosperou, em breve ocupando faixas de mata ao longo dos rios Negro e Iguaçu. A colonização no sul da província, na bacia do Tubarão, foi levada a efeito no final do século XIX. Os colonos eram na maior parte italianos e se dedicavam à lavoura e à vitivinicultura. Foi também nessa área que, mais acentuadamente a partir da segunda guerra mundial, a exploração de carvão de terra constituiu mais tarde importante fator na economia catarinense.

segunda-feira, 28 de setembro de 2009

Mundo Bipolar

Aulas de História

Aulas de História do 4º bimestre da EEB Tiradentes de Porto Belo

Postagem de estudantes da 8ªsérie do Ensino Fundamental